sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Ser ou estar? Quando somos e quando estamos?

Quantas vezes paramos para refletir sobre nossas ações cotidianas, em sociedade, na família ou no trabalho? Essa é uma reflexão necessária. Pelo menos para que tenhamos a consciência de que somos ou estamos fazendo ou deixando de fazer algo. Por exemplo, no trabalho. Quantas vezes paramos para refletir sobre nossa conduta no trabalho? Em nosso trabalho agimos como se somos ou como se estamos fazendo as atividades inerentes à nossa profissão.

Sendo mais específico, pergunto: você é professor ou você está professor? Você é vendedor ou você está vendedor? Você é dona de casa ou você está dona de casa? Para você a consciência do ser ou do estar pode ser a diferença entre permanecer ou não sendo ou estando professor, dona de casa, vendedor ou qualquer outra profissão.

Provavelmente, se você está professor sem ser professor não estará completamente satisfeito. Porque se assim você se considera e tem essa consciência você já sabe o que quer ser. E imagina e espera ser satisfeito profissionalmente e mais feliz em sua vida pessoal quando deixar de estar professor e for, por exemplo, empresário.

Logo, ter essa certeza - e quanto antes melhor -, poderá fazer toda a diferença em sua vida profissional e pessoal. Porque quem faz o que gosta faz melhor, com mais dedicação, atenção, em menor tempo e muito provavelmente com uma produtividade bem maior, além de dispensar menor esforço físico e mental. Por extensão é mais bem reconhecido e remunerado.

Ao contrário, na maioria das vezes, quem está fazendo algo porque não encontrou o que queria fazer ou ainda não está credenciado para fazer o que gostaria, trabalha menos satisfeito, faz com menos dedicação, atenção, gasta mais tempo, se esforça física e intelectualmente mais e produz com menor produtividade. Logo, ganha menos e é menos feliz.

Assim, é possível concluir que fazer essa reflexão e ter a consciência de sua situação pode ser o primeiro passo em direção ao seu objetivo. Agora, somente ter a consciência e não sair em busca do seu objetivo ajuda, porém não resolve totalmente.

Em função disso, é possível de se fazer outro questionamento: e a empresa que contrata você para fazer algo onde você se considera estando fazendo e não sendo será que fez o processo correto de contratação? E o cliente que você vai atender, que confia que você prestará um serviço ou venderá um produto efetivamente honesto, tem culpa pelo seu erro ou da sua empresa?

Com certeza não. Portanto, é sempre bom enquanto se está fazendo algo sem ser, fazer como se fosse. Ou seja, se você está professor enquanto estuda, por exemplo, para ser médico, seja professor efetivamente. Pois o seu aluno e os seus pais que contrataram você ou a escola onde você leciona, querem e têm o direito a ter um professor com dedicação e com consciência e ação de que, mesmo que se considere estando professor, em sala de aula seja efetivamente professor.

Pense nisso e uma boa semana. 
Autor: Alfredo Fonceca Peris